segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sobre o suposto fim e sobre o que sinto

Hoje pude ver o quanto o meu amor é grande por ti.
Esse momento em menos 3 minutos pude ver que quando cai uma lágrima é de dor.
A dor de não te ter mais...
Sei, que o que você sente por mim é totalmente diferente daquilo que sinto.
Desculpa, mas eu não pude deixar de escrever, de colocar, de expurgar meus demônios.
Desculpa por eu te amar, eu não tenho culpa.
Juro que eu tento te esquecer, ms se eu fizer isso um pedaço de mim vai embora, e isso vai doer muito,
mais do que eu não te ter pra nunca mais.
Quero chorar, quero gritar, quero te amar, quero ser feliz novamente contigo.
Porquê eu escrevo isso tudo?
Um simples abraço, um simples olhar.
O que me doi mais é olhar nos teus olhos e ver que esses mesmos já me trairam.
Quero te perder, não quero caminhar no mesmo caminho que o seu pra não correr o risco de cruzar
com o meu amor que ainda está em você.
O jogo termina aqui, terminou no último abraço.
Terminou?
Esse é o nosso fim?

domingo, 30 de janeiro de 2011

O AMOR ACABA.

O amor acaba. Nuna esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ele esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois  duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do ICEBERG, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do calaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas. nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicavel entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remoso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drínque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamente, dispersado entre astros, e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como espelho de bolsa, que  continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração es excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba, por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

Texto de: Paulo Mendes Campos.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Pensamentos, Perturbações e indecisões

Às vezes dá vontade de jogar copos contra a parede, mas quando eu vou buscar o copo, onde está ele?
Essa é a pergunta que estou me fazendo agora, onde está ele? Mas quem é esse ELE que vive tirando o meu sono nas madrugadas frias do meu quarto calorento?
Quem é este Ser que eu procuro tanto e não acho?
Quando eu penso que estou com tudo na minha vida, ao deitar a minha cabeça no travesseiro vejo que falta algo em mim, em minha vida, mas o quê meu Deus?
Isso me pertuba!
Preciso de copos, preciso de facas, preciso armar-me, preciso de sinas, porque já não sei por onde estou andando.
Estou me sentindo perdido no meu próprio mundo. Vejo pessoas bonitas de branco passarem na minha frente, algumas lentas, outras rápidas...
Mas quando eu vou pedir algo a eles, aonde estão esses espíritos de luz?
Aonde está o meu mundo?
Aonde estou pisando?
Aonde estão as pessoas boas?
Aonde está o meu sono, a minha inocência, meus pesadelos, meus gritos?
Isso me pertuba!
Quem me ama de verdade?
Quem quer o meu bem e o meu mal?
Aonde está a paz?
Aonde estão vocês?
Aonde está a minha voz?
Quero gritar! -Será que eu posso?
Quero Matar! -Será que eu devo?
Quero mais! -Será que eu já tenho tudo e não estou enxergando?
Isso me pertuba... Onde?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sozinho entre amigos

Eles sempre estão indo e vindo.
Eles, às vezes, por sua vez, gostam de dividir suas tristezas comigo. E eu?
Eles não sabem quem eu sou realmente.
Eles, na verdade, só querem o meu ombro, e eu com tantas outras coisas para oferecer.
Alguns me ignoram.
Alguns fazem de conta que eu não existo mais.
Alguns, depois de anos, me procuram pra chorar na minha frente, por um AMOR perdido.
Alguns não me ligam, não mandam cartas, menssagens, nem sinal de fumaça.
Eu nunca pedi nada!
O que eles querem realmente de mim?
O que eu fiz pra alguns me esquecerem?
Às vezes o " Não " pode ser melhor que o " Sim "
Às vezes uma satisfação pode ser melhor que a rejeição.
Eu nunca fiz nada!
Eu nasci sozinho, ando sozinho e sei que vou morrer sozinho.
Eu só queria alguém pra dar a mim o que eu dou sempre a eles, o meu ombro, a minha amizade.
Quero algo construtivo, quero tudo, tenho muito, tenho apego.
já não quero e só resta desprezo.
Onde estão vocês, meus amigos?