segunda-feira, 18 de julho de 2011

O bom cafézinho da madrugada

São exatamente 04:03 da madrugada. 
Deitei, rolei e rolei e não consegui pregar os olhos e nem fixar o meu pensamento em uma só coisa.
Madrugada fria é a que estou sentindo agora. Nenhuma luz perto de mim além do meu celular ligado, Nenhuma alma amiga perto de mim pra poder me confortar com um colo passageiro, e só o que vem é a vontade de escrever.
São extamente 04:06 e estou vendo o tempo passar, correr feito um coelho branco assustado.
Tento olhar o céu pela minha minúscula janela, mas só consigo ver os muros da casa ao lado. 
Quem foi o idiota que colocou esses muros na frente da minha janela pobre?
Tento olhar nos versos e linhas que me fazem chorar, rir, silenciar até a minha alma que não é pura.
Música de fundo, bem baixinho e a minha voz faz aumentar o volume do mundo, de um show aberto ao público. Tento ficar um pouco calado e junto com a música ouço um barulho vindo dentro do meu corpo, é o meu coração acelerado.
E se eu fizesse tudo aquilo que você me pediu para fazer hoje?
E se eu fosse tudo aquilo que a humanidade pede pra eu ser? 
Ah, como eu seria mais um idiota nesse mundo.
De onde vem esses desejos?
E essas vontades de gritar, sair correndo e jogar copos, vem da onde?
Posso dar uma volta na rua com você? Mas tem que ser de madrugada.
E nós podemos ver essa noite, que por sinal, não é noite de chuva?
E se nós fôssemos tomar um banho de chuva na próxima chuva que tivesse aqui?
E por que perdemos o nosso tempo gritando dentro de nós mesmos?
E por que quando eu lhe abraço eu não sinto o seu vigor por ele?
E uma música agitada me toma de um jeito que começo a dançar, nada mais do que 3:45
Depois disso caio na cama e com os olhos fechados consigo ver o céu que os muros me impediram de ver.
Sabe o que eu mais queria agora? Quebrar um ovo, só pra saber como é ser ruim,como é pensar em ninguém, mas a preguiça me toma de um jeito que as minhas falas solitárias estão sumindo.
E o que me resta são esses papéis e uma única caneta. 
Não esquecendo do cafézinho que está sendo a minha única companhia.

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